VOCÊ JÁ TEVE MEDO DE TER MEDO?
- psi.arianelucato

- 24 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 5 de abr. de 2021
“Medo de sentir medo” ou Agorafobia. Esse é um dos sentimentos mais comuns
em quem sofre de Síndrome do Pânico, um transtorno mental marcado pelo
sentimento de medo intenso. Em níveis mais graves, o medo é tão intenso que
pode impedir o sujeito de sair de casa ou ter qualquer relação social externa.
Então ele evita se colocar em situações e ambientes que possam provocar novas
crises de pânico. Aí temos o ciclo do “medo de ter medo”, pois a pessoa tem medo
de sentir medo e consequentemente passar por outro episódio da crise.
Muitas vezes a Síndrome do Pânico pode ser acompanhada de outros transtornos,
como a Fobia Social, a Ansiedade e a Depressão ou o Transtorno de Estresse
Pós-Traumático.
As crises de pânico caracterizam-se por pelo menos quatro dos sintomas abaixo:
- Medo de morrer
- Sensação de perda de controle
- Tontura ou confusão mental
- Dormência ou formigamentos
- Transpiração excessiva
- Palpitações
- Náuseas
- Ondas de calor ou calafrios
- Falta de ar ou sufocamento
- Tremores
- Desrealização (perda do senso de realidade)
Ainda não se sabe ao certo o que causa a Síndrome do Pânico. Mas é possível
assinalar alguns fatores de risco frequentemente observados em quem já teve
crises, como:
- Disfunção biológica ligada aos neurotransmissores (substâncias
químicas produzidas pelas células nervosas)
- Situações traumáticas do passado
- Estilo de vida estressante
- Dependência química ou alcoólica
- Hereditariedade (apesar de ainda não ser um consenso entre
especialistas)
É preciso estar atento aos sintomas da Síndrome do Pânico ainda que sejam leves
e iniciais, pois eles não vão parar de acontecer, num passe de mágica. Na
realidade a tendência é que haja uma piora porque o sujeito terá ainda mais medo
de que eles aconteçam novamente.
É fundamental que a pessoa busque tratamento psiquiátrico e psicológico para a
melhora desse transtorno. Os profissionais de saúde mental poderão ajudá-lo a
compreender o que está acontecendo, e a lidar melhor com os sintomas para que
se sinta bem fora de casa.
Além disso, é importante ressaltar que o suporte familiar é crucial para o
tratamento. Se os amigos e familiares se colocarem com postura de não
julgamento e sim de apoio e acolhimento a cada avanço do sujeito, fica mais leve e
muito menos difícil seguir em frente.
Ariane Lucato
CRP 06/80980







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